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A Primeira consulta no Oftalmologista

A primeira consulta ao oftalmologista deve acontecer no momento em que houver alguma queixa ou por indicação de um pediatra, com caráter preventivo, ainda no primeiro ano de vida. “O olho é o órgão que mais se desenvolve nos 12 primeiros meses de vida, e aos 7 anos ´torna-se adulto´. Por isso, o diagnóstico precoce de qualquer patologia é fundamental, pois se o olho for privado de se desenvolver adequadamente em função de alguma patologia, dificilmente irá se desenvolver plenamente após a primeira infância.

Em casa, os pais podem observar também  se há algum problema com a visão da criança, prestando atenção a  alguns fatos: aquelas que caem repetidamente, possivelmente não têm visão em profundidade ou apresentam dificuldades  em enxergar detalhes pequenos. “Os pais podem fazer um teste simples, oferecendo um brinquedo  que o filho goste muito, tampando um olho primeiro, e depois o outro, sempre observando se a criança terá a mesma desenvoltura e coordenação quando um dos olhos está ocluído”

Para um bom desempenho escolar seu filho deve realizar uma consulta oftalmológica (consulta para óculos em crianças) a partir dos 5 anos de idade. Pois, alguns problemas como miopia, hipermetropia e astigmatismo podem aparecer em crianças. Uma consulta com oftalmologista pediátrico para verificar o grau do óculos pode diagnosticar estes problemas.

TESTE DO OLHINHO

A campanha promovida pela SBP e pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) defende a realização do teste em todos os bebês logo após o nascimento, a fim de detectar qualquer alteração que possa causar obstrução no eixo visual e uma possível cegueira. O diagnóstico precoce possibilita o tratamento adequado.

É um exame simples, rápido e indolor, que consiste na identificação de um reflexo vermelho, que aparece quando um feixe de luz ilumina o olho do bebê. O fenômeno é semelhante ao observado nas fotografias. Para que este reflexo possa ser visto, é necessário que o eixo óptico esteja livre, isto é, sem nenhum obstáculo à entrada e à saída de luz pela pupila. Isso significa que a criança não tem nenhum obstáculo ao desenvolvimento da sua visão.

O “Teste do Olhinho” pode detectar qualquer alteração que cause obstrução no eixo visual, como catarata, glaucoma congênito e outros problemas – cuja identificação precoce pode possibilitar o tratamento no tempo certo e o desenvolvimento normal da visão.

Desde junho de 2010, o pagamento do “Teste do Olhinho” por todos os planos de saúde é obrigatório, segundo decidiu a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).


A recomendação é que o Teste do Olhinho seja feito pelo pediatra logo que o bebê nasce. Se isto não ocorrer, o exame deve ser feito logo na primeira consulta de acompanhamento. Depois disto, continua sendo importante, nas consultas regulares de avaliação da criança, com a periodicidade definida pelo médico.

USO DE TELAS

Como as crianças passam cada vez mais tempo em frente às telas, existe uma preocupação crescente sobre possíveis danos à visão. Os médicos oftalmologistas vêm observando um aumento significativo de sintomas de olho seco, de miopia na população devido a hiperestimulação de visão para perto e cansaço visual em crianças devido ao excesso de tempo de tela (computador, tablet, TV, celular).

Isso ocorre porque não piscamos com tanta frequência quando usamos computadores e outros dispositivos digitais. Leitura prolongada, escrita ou outro trabalho intensivo à uma distância próxima também pode causar fadiga ocular. Recomenda-se fazer uma pausa de 20 segundos no trabalho entre cada 20 minutos.

1- Defina um tempo uso do dispositivo através de aplicativos do próprio celular/tablet/ computador;

2- Alterne a leitura de um e-book com um livro real e,  a cada dois capítulos, incentive as crianças a olhar para outras distâncias, como para cima ou para fora da janela


3- Depois de completar um nível em um jogo de videogame, distraia-se em outro ambiente por alguns minutos, nem que seja olhar pela janela.


4- Marque antecipadamente páginas dos livros com um clipe de papel para se lembrar de fazer intervalos entre alguns capítulos. Em um e-book, use a função “bookmark” para o mesmo efeito.


5- Ajuste o brilho e o contraste da tela do seu computador para que fique confortável para você.


6- Use uma boa postura ao usar um computador e ao ler.


7- Incentive o seu filho a manter a mídia digital mais distante, 40 cm é o ideal.


8- Distraia seu filho com outras atividades: Incentive seu filho a fazer atividades físicas e participe com ele. Jogue jogos de tabuleiro também.


9- Lembre-os de piscar ao assistir a uma tela.

TIPOS DE OCULOS E LENTES APROPRIADOS PARA CRIANÇAS

Não faltam armações de óculos para crianças. O problema é descobrir quais óculos seu filho vai curtir usar e se eles vão durar mais tempo do que a volta para casa.

Abaixo se encontram algumas dicas para ajudar a escolher os óculos que seu filho vai gostar e que serão bacanas e duráveis.

prescrição dos óculos é sempre a principal consideração na escolha dos óculos. Antes de procurar as armações, consulte o oftalmologista sobre as lentes do seu filho.

Se a prescrição exigir lentes fortes com maior chance de serem grossas, evite armações grandes que aumentam a espessura das lentes. Além disso, as lentes menores têm menor tendência a aberrações (distorcem as imagens) próximas à borda da lente do que as lentes grandes de mesmo material e prescrição, e portanto, haverá menor risco de visão periférica embaçada ou distorcida.

A maioria das crianças fica insegura ao usar óculos pela primeira vez. Portanto, escolha armações que tenham um estilo moderno, atraente e até lúdico. Se seu filho já é capaz de opinar, é válido fazê-lo participar, considerando seu gosto, o que anima também seu uso. Além disso, recursos como lentes fotocromáticas, que escurecem automaticamente à luz do sol, ao ar livre, podem motivar mais ainda seu filho a usar os óculos.

As armações infantis são feitas de plástico ou metal e muitas têm estilos que imitam intencionalmente armações de óculos unissex projetadas para adultos. As crianças geralmente tem atração por esses estilos porque parecem mais adultas. É comum as crianças escolherem óculos que se parecem com aqueles usados pelos irmãos mais velhos ou pelos pais.


Crianças costumam se movimentar muito e, por isso, também caem e se machucam muito. Evite materiais muito duros. Materiais macios e flexíveis, como silicone ou grilamid, são confortáveis e a melhor escolha para evitar que seu filho se machuque com os óculos caso ele caia;


Escolha armações feitas de materiais hipoalergênicos se o seu filho tem sensibilidade a determinadas substâncias e materiais. Por exemplo, algumas pessoas são alérgicas a armações metálicas que contêm níquel.

Uma das partes mais difíceis da escolha de armações adequadas para crianças pequenas é que o nariz não está totalmente desenvolvido, e, portanto, elas não têm uma ponte nasal adequada para impedir que as armações plásticas deslizem para baixo. 


Muitos fabricantes reconhecem essa dificuldade das armações plásticas e produzem pontes para serem ajustadas no pequeno nariz.


Cada armação deve ser avaliada individualmente para garantir que ela se encaixe na ponte. Se houver algum espaço entre a ponte da armação e a ponte do nariz, o peso das lentes fará com que os óculos deslizem, não importa o quão bem a armação pareça estar encaixada antes que as lentes sejam feitas.


É importante que os óculos fiquem bem posicionados; caso contrário, as crianças tendem a olhar por cima das lentes em vez de empurrar os óculos de volta para onde devem estar. Um oftalmologista é o melhor profissional para determinar se a armação se adaptou corretamente.

As hastes que envolvem toda a parte de trás da orelha ajudam a impedir que os óculos deslizem para baixo ou caiam completamente do rosto da criança.


Essas hastes, chamadas "hastes de cabo", geralmente estão disponíveis em armações de metal e são especialmente úteis para manter os óculos nas crianças pequenas. Outra opção para bebês e crianças pequenas é a armação com uma cinta elástica que circunda a cabeça.

Uma boa opção são as armações com hastes com dobradiças de mola. Isso permite que as hastes se flexionem para fora, afastando-se das armações, sem causar danos.


As crianças nem sempre são cuidadosas ao colocar e tirar os óculos, e as dobradiças de mola podem ajudar a evitar a necessidade de ajustes frequentes e reparos dispendiosos. Também são úteis se a criança adormecer com os óculos ou caso tenha um dia agitado em suas brincadeiras.


As dobradiças de mola também são muito recomendadas para crianças pequenas, que às vezes se empolgam brincando com seus novos óculos.

As lentes infantis devem ser feitas de policarbonato ou Trivex. Esses materiais são significativamente mais resistentes ao impacto do que outros materiais de lente para maior segurança.


Essas lentes também são significativamente mais leves que as lentes de plástico comuns (acrilico), o que torna os óculos mais confortáveis, especialmente nas prescrições de alto grau.


As lentes de policarbonato e Trivex possuem proteção integrada contra raios ultravioleta (UV) potencialmente prejudiciais, e são revestidas pelo fabricante ou pelo laboratório para serem resistentes a arranhões.


Evite escolher lentes de vidro para óculos infantis. Embora sejam muito resistentes a arranhões, as lentes de vidro são muito pesadas e podem quebrar com relativa facilidade (em comparação com as lentes de policarbonato ou Trivex).

O policarbonato é um material tão seguro que você pode ficar tentado a deixar seu filho praticar esportes com seus óculos comuns.


Mas a desvantagem é que, embora o policarbonato seja o material usado para os óculos esportivos, as armações comuns não oferecem proteção suficiente contra objetos grandes, como bolas e cotoveladas.


Portanto, se seu filho participar de esportes, os óculos esportivos adequados com lentes de policarbonato fornecerão melhor proteção contra lesões oculares.


Para uma proteção ideal, os óculos esportivos devem ser ajustados corretamente. Portanto, consulte um oftalmologista antes de comprá-los. As aberturas das lentes devem ser grandes o suficiente para que, se os óculos forem empurrados em direção ao rosto, os pontos de impacto estejam acima e abaixo dos olhos para evitar lesões oculares.

Verifique se suas lentes têm garantia caso fiquem muito arranhadas devido ao desgaste normal. Além de causar brilho e visão embaçada, arranhões na superfície podem comprometer a resistência ao impacto das lentes dos óculos, colocando em risco os olhos do seu filho.

Como as crianças podem não ser tão cuidadosas com os óculos, é uma boa ideia comprar um segundo par, especialmente se a prescrição for de alto grau e seu filho não puder ficar sem os óculos. Pode haver descontos ao se adquirir um segundo par.


Em alguns casos, os óculos esportivos podem ser usados como um par sobressalente. Ou, se a prescrição do seu filho não tiver mudado significativamente, mantenha os óculos anteriores em um local seguro para usá-lo como reposição.


Se o seu filho usa óculos em tempo integral, lentes fotocromoáticas ou óculos de sol com grau também devem diminuir o brilho, aumentar o conforto visual e fornecer 100% de proteção contra os raios UV nocivos .

USO DE OCULOS SOLAR

No verão, muitas famílias aproveitam as férias ou os fins de semana para ir à praia ou à piscina. Muito se fala sobre a importância do protetor solar para proteger a pele de crianças e adultos. Mas sabia que a exposição aos raios solares tem o mesmo efeito cumulativo nos olhos que na pele? Por isso, os óculos escuros devem ser usados desde a infância.

Mesmo no inverno o uso de óculos de sol para crianças é indicado para proteger a visão. As crianças passam mais tempo expostas à luz solar do que os adultos, estimando-se que, em média, recebam três vezes mais radiação. As radiações solares são cada vez mais perigosas e o risco de lesões nos olhos é cada vez maior.

– Proteção contra poeiras e outras substâncias malignas para os olhos.


– No caso das crianças, uma das vantagens do uso de óculos desde cedo é a prevenção de lesões oculares e problemas visuais graves.


– Proteção dos olhos contra os raios UV. Este tipo de raios poderá provocar lesões oculares, pelo que é importante escolher os óculos de sol mais adequados e com proteção contra estes agentes externos.


– A par das vantagens descritas em cima, a diminuição dos olhos secos e a diminuição de irritações nos olhos também são vantagens ao comprar óculos de sol para crianças.

HORDEOLO/CALAZIO
(VULGO TERÇOL)

O terçol em geral começa com rubor, sensibilidade e dor na borda da pálpebra. Depois surge uma pequena área arredondada, sensível e inchada. O olho pode lacrimejar, ficar sensível à luz intensa e provocar a sensação de ter algo no seu interior (sensação de corpo estranho). Em geral, apenas uma parte muito pequena da pálpebra fica inchada, mas outras vezes a pálpebra inteira incha. Na maioria dos casos, surge um ponto amarelo diminuto no centro da zona inchada, normalmente na borda da pálpebra. O terçol tende a se romper depois de 2 a 4 dias, liberando uma pequena quantidade de material (frequentemente pus) e resolvendo o problema.

No caso de um terçol interno, dor e outros sintomas podem ser mais intensos do que com terçol externo. Dor, vermelhidão e edema tendem a ocorrer debaixo da pálpebra. Algumas vezes a inflamação é grave e pode ser acompanhada de febre e calafrios.

O melhor tratamento é aplicar compressas quentes. O calor favorece o amadurecimento, ruptura e drenagem espontânea do terçol. O médico pode precisar drenar um terçol externo que não se resolve com compressas. Como esse tipo de terçol raramente se rompe por si só, um médico deve drenar o terçol cirurgicamente. Os terçóis internos tendem a reaparecer.


Embora os antibióticos aplicados diretamente no olho sejam algumas vezes utilizados para tratar terçóis, eles geralmente não ajudam muito, uma vez que os terçóis tendem a se resolver dentro de alguns dias, mesmo sem utilizá-los. Às vezes, antibióticos são administrados se houver uma infecção circundando o olho ou no caso de terçóis internos após a cirurgia.

Perguntas Frequentes

O desenvolvimento da visão ocorre de forma acelerada logo nos primeiros seis meses de vida e avançam progressivamente ate a criança completar quatro anos. Entretanto, como a velocidade de crescimento varia, há crianças que conseguem enxergar o que um adulto enxerga muito antes dos quatro anos. Para comparação, vale mencionar que a visão de um adulto normal é de 20/20 (1.0), enquanto a de recém-nascido varia de 20/400 (0.05) a 20/600 (0.03).

Quanto à visão de cores, ainda existe imaturidade cortical - o que significa que o córtex, área responsável pela visão, ainda não está completamente formado - e falta das células receptoras chamadas cones, responsáveis pela absorção das cores. No início, bebes enxergam apenas contrates de cor. Com o maior desenvolvimento dessas células, a criança já consegue distinguir cores. Aos quatro meses, já tem a visão de cores de um adulto.

Observe como é que o seu filho olha para as coisas em casa e na escola. Alguns sinais de que o seu filho precisa fazer um exame para descobrir eventuais problemas de visão incluem:

Sentar-se demasiado perto da televisão ou da lousa. Quando as crianças têm dificuldade em ver, uma das primeiras formas de compensarem naturalmente esta situação consiste em aproximarem-se mais ou segurarem objetos mais perto do rosto.

 

Dificuldade de coordenação. A coordenação mãos-olhos ou corpo-olhos durante as atividades físicas, como pegar ou andar de bicicleta, pode resultar da dificuldade em ver.


Mostrar atenção ou interesse incomumente baixo. A baixa atenção e a distração são traços característicos dos problemas de déficit de atenção (ADHD), mas estes mesmos sintomas acompanham os problemas de visão. Os problemas de visão na infância podem reduzir facilmente o interesse por atividades de ver de perto como ler, pintar ou fazer puzzles.

O uso precoce de aparelhos eletrônicos traz muitos prejuízos para bebês pois pode resultar em atraso no desenvolvimento intelectual e da fala. Além disso, a proximidade dos olhos com a tela vem aumentando os casos de miopia nas crianças no mundo todo.


A fim de evitar esses problemas, a Sociedade Brasileira de Pediatria orienta limites nesse tempo de exposição, de acordo com cada faixa etária:

  • Crianças menores de 2 anos: não deve ser usado;
  • Crianças entre 2 e 5 anos: até 1 hora por dia;
  • Crianças entre 6 e 10 anos: até 2 horas por dia;
  • Adolescentes entre 11 e 18 anos: até 3 horas por dia, nunca “virar a noite”;
  • Todas as faixas etárias: nada de telas durante as refeições e desconectar 1 a 2 horas antes de dormir.