Retinoblastoma: atenção aos olhos dos pequenos!

Médico, usando jaleco branco e luvas azuis, segura uma placa na qual está escrito RETINOBLASTOMA.

Quando falamos de problemas graves de visão, geralmente associamos essas doenças a pessoas com idade avançada, que apresentam outras pré-disposições acarretadas pelo tempo de vida. Esse não é o caso do retinoblastoma, tipo raro de câncer que se desenvolve na retina, a camada sensível à luz na parte posterior do olho. Esta doença afeta principalmente crianças pequenas, geralmente com menos de cinco anos de idade, e pode ser hereditário ou não hereditário. 

O retinoblastoma entrou em voga nas discussões atuais quando o apresentador e jornalista Tiago Leifert compartilhou que a sua filha Lua, com menos de um ano, foi diagnosticada com o tumor na visão. Leifert contou que desconfiou que havia algo de diferente com a visão de sua filha quando voltou de uma viagem depois de duas semanas fora: “Quando voltei, morrendo de saudades, peguei ela no berço para brincar e vi que ela não olhou no meu olho, olhou meio de lado. Ela estava olhando para mim, mas olhando meio para lá… E falei: ‘Dai, ela não olhou no meu olho.’” 

Desde então, o apresentador e sua esposa, a também jornalista Daiana Garbin, travam uma luta contra o câncer da filha. Os tratamentos incluem quimioterapia, laser e até crioterapia (uma espécie de congelamento do tumor). Entretanto, segundo a Sociedade Americana do Câncer, o diagnóstico precoce é o melhor caminho para a cura e preservação da visão. 

Após mais de 2 anos do diagnóstico, Tiago Leifert recentemente compartilhou em entrevista que Lua continua em tratamento, mas leva uma vida normal dentro do possível, inclusive indo à escola e brincando com amigos e primos. O retinoblastoma é um câncer ocular raro que exige atenção médica imediata.  Entretanto, com um diagnóstico precoce e um tratamento adequado, muitas crianças podem ser curadas, preservando sua visão e qualidade de vida. 

Causas e Sintomas do Retinoblastoma

O retinoblastoma é causado por mutações genéticas que levam ao crescimento descontrolado das células da retina. Em aproximadamente 40% dos casos, a condição é hereditária, causada por uma mutação no gene RB1, que pode ser transmitida de pais para filhos. As crianças com esta alteração apresentam mais chances de desenvolver o câncer em ambos os olhos.

Menininha com cerca de 3 anos, loirinha, usando camiseta cinza com desenhos coloridos e um par de óculos de sol rosa pink, pousa frente a uma parede com desenhos coloridos.

Os sintomas do retinoblastoma incluem um reflexo branco na pupila (chamado de leucocoria), estrabismo, vermelhidão e inchaço no olho. Às vezes, os pais percebem um brilho branco no olho da criança em fotografias tiradas com flash, o que pode ser um sinal de alerta precoce. 

Diagnóstico e Tratamento do Retinoblastoma

O diagnóstico do retinoblastoma é feito por meio de exames oftalmológicos detalhados, que podem incluir ultrassonografia ocular, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Estes ajudam a determinar o tamanho e a localização do tumor, bem como identificam se ele se espalhou para outras partes do corpo.

O tratamento do retinoblastoma depende do estágio da doença e pode incluir uma combinação de quimioterapia, radioterapia, terapia a laser e cirurgia. A quimioterapia é frequentemente utilizada para reduzir o tamanho do tumor antes de outras intervenções. Em casos avançados, a enucleação (remoção do olho afetado) pode ser necessária para salvar a vida da criança.

A Importância do Acompanhamento e da Conscientização

Após o tratamento, as crianças que tiveram retinoblastoma precisam de acompanhamento regular para monitorar possíveis recidivas e tratar quaisquer complicações decorrentes do tratamento. Exames oftalmológicos periódicos e exames de imagem são essenciais para garantir a saúde ocular contínua.

Menininho, sentado no colo de sua mãe, realiza exame ocular para acompanhamento pós-tratamento para retinoblastoma. ele veste uma camiseta amarela.

Além disso, a conscientização sobre essa doença ocular grave é  fundamental para promover o diagnóstico precoce. Campanhas educativas podem ajudar a informar os pais sobre os sinais e sintomas a serem observados, aumentando as chances de detecção precoce e tratamento eficaz.

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Olá para você que é novo por aqui! Eu sou a Dra. Paula Gabriela e me formei na ULBRA. Minha especialidade é a saúde ocular pediátrica e adulta. Aqui na minha página, passamos informações úteis e de qualidade, como cuidados, dicas e explicações mais aprofundadas sobre patologias. Meu objetivo é deixar você mais informado(a) e atento(a) para os cuidados com a sua visão e a do seu filho (a).
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