Você sabia que bebês podem ter glaucoma?

Bebê recém-nascido deitado entre bichinhos de pelúcia.

Costuma-se pensar que o glaucoma é uma doença ocular que afeta adultos. No entanto, essa é uma condição ocular rara, mas séria, que também pode afetar bebês desde o nascimento. Se não diagnosticada e tratada precocemente pode comprometer não apenas a acuidade visual da criança como também o seu desenvolvimento acadêmico de maneira bastante severa. 

O que é o glaucoma congênito?   

O glaucoma congênito é uma doença caracterizada pelo aumento da pressão intraocular, o que pode levar a danos no nervo óptico e resultar em perda de visão permanente, se não for diagnosticada e tratada precocemente. Essa condição, de acordo com a Sociedade Brasileira de Glaucoma Pediátrico (SBGzinha), afeta 1 em cada 10.000 nascimentos, desde recém-nascidos até crianças por volta dos 3 anos de idade. Além disso, é mais comum em meninos e costuma atingir na maioria das vezes os dois olhos.

Dois bebês de etnias distintas, um oriental e outro negro, estão sentados num tapete no quarto brincando.

A pressão intraocular elevada, no glaucoma congênito, ocorre devido a anormalidades no desenvolvimento do sistema de drenagem do humor aquoso, o fluido transparente que preenche a câmara anterior do olho. Em condições normais, ele é produzido pelo corpo ciliar e drenado por meio da malha trabecular para manter uma pressão ocular equilibrada. No entanto, em bebês que apresentam a condição, essa drenagem é comprometida, resultando no acúmulo de fluido e aumento da pressão intraocular.

Quais são os sintomas do glaucoma congênito? 

Devido às consequências severas que podem ser causadas pelo glaucoma congênito, é fundamental que os pais estejam atentos aos sintomas que possam indicar a condição. Que procurem atendimento médico imediatamente, se notarem qualquer anormalidade nos olhos de seus filhos recém-nascidos

Os sintomas do glaucoma congênito são bastante variados, porém alguns sinais comuns incluem aumento do tamanho do olho, sensibilidade à luz, lágrimas excessivas, esfregar os olhos com frequência e pupilas alargadas. 

Papai desesperado enquanto bebê chora incomodado pela luz nos olhos. Este é um dos sintomas do glaucoma congênito: fotofobia.

O diagnóstico precoce é crucial para o manejo eficaz do glaucoma congênito. O exame ocular completo, incluindo a medição da pressão intraocular, é essencial para identificar a condição. Além disso, o médico oftalmologista pode realizar testes específicos, como a gonioscopia, para avaliar a anatomia da malha trabecular e determinar a causa do aumento da pressão ocular. 

Qual o tratamento para o glaucoma congênito?

O tratamento do glaucoma congênito tem por objetivo reduzir a pressão intraocular e preservar a visão. Uma abordagem comum é o uso de colírios que diminuem a produção de humor aquoso ou facilitam a sua drenagem. Em alguns casos, entretanto, pode ser necessária a intervenção cirúrgica para melhorar o fluxo de fluido no olho. Procedimentos como a trabeculotomia ou goniotomia podem ser realizados para criar vias adicionais de drenagem.

Tratar o glaucoma congênito pode ser bastante desafiador Muitas vezes, é necessário um acompanhamento contínuo ao longo da vida, para monitorar a pressão intraocular e ajustar o plano de tratamento conforme for necessário. é importante destacar que os pais também desempenham um papel crucial no cuidado de crianças com esta condição ocular, garantindo a adesão à terapia prescrita e participando regularmente de consultas oftalmológicas.

Por outro lado, a falta de tratamento adequado para o glaucoma congênito pode resultar em danos irreversíveis no nervo óptico e perda de visão permanente. Logicamente, nesse sentido, o futuro desenvolvimento da criança estará comprometido. 

Bebê sendo higienizado nos olhos após ter recebido colírio para glaucoma.

O glaucoma congênito é uma condição ocular séria que pode afetar bebês desde o nascimento. Nesse sentido, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para preservar a visão dos pequenos e garantir-lhes o melhor desenvolvimento visual possível. Além disso, a colaboração entre os pais e os profissionais de saúde é fundamental para enfrentar os desafios associados a essa condição oftalmológica complexa. 

Portanto, a conscientização sobre os sintomas, a busca por atendimento médico precoce e o acompanhamento regular são atitudes fundamentais para melhorar as perspectivas de visão das crianças portadoras de glaucoma congênito.

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Olá para você que é novo por aqui! Eu sou a Dra. Paula Gabriela e me formei na ULBRA. Minha especialidade é a saúde ocular pediátrica e adulta. Aqui na minha página, passamos informações úteis e de qualidade, como cuidados, dicas e explicações mais aprofundadas sobre patologias. Meu objetivo é deixar você mais informado(a) e atento(a) para os cuidados com a sua visão e a do seu filho (a).

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