Perigos do uso de telas na infância

5 crianças de diferentes etnias sentadas num sofá cinza e brincando com tablets e celulares.

Passados alguns anos do período que sofremos o confinamento, em razão da pandemia do coronavírus, pode-se contabilizar o prejuízo que o uso excessivo de telas causou à saúde visual das pessoas, especialmente das crianças e jovens. Esse comportamento, por vezes desregrado, na infância e adolescência tem sido um tema de grande interesse e preocupação para pais, educadores e profissionais de saúde. 

Sabe-se que a Educação teve de se adequar ao momento do período pandêmico para que crianças e jovens não fossem tão prejudicados em seu desenvolvimento acadêmico por conta das circunstâncias. Para isso, passou-se a ministrar aulas remotas, o ensino à distância. Como era de se esperar, o uso de computadores, celulares e tablets tornou-se indispensável para garantir a aprendizagem. No entanto, tal situação passou a interferir na saúde dos olhos e, hoje, pesquisas apontam o aumento significativo de casos de miopia em crianças menores de cinco anos. 

Menino, vestindo uma camisa azul clara, realiza os temas de casa em um tablet com a ajuda materna. Ambos estão usando máscaras em alusão ao período da pandemia.

É inegável que o avanço da tecnologia e a proliferação de dispositivos eletrônicos, como smartphones, tablets e computadores, desde então, expuseram crianças e jovens cada vez mais às telas desde tenra idade. Este fenômeno obviamente suscita questões sobre os efeitos potenciais do seu uso no desenvolvimento infantil. Se por um lado facilita aprendizagens e conecta estudantes no mundo todo, por outro causa não só dependência e isolamento como também problemas com a saúde em geral. 

Benefícios trazidos pelas telas dos dispositivos tecnológicos

Em primeiro lugar, é importante reconhecer os benefícios que as telas podem oferecer às crianças e aos jovens. Elas podem ser ferramentas educacionais valiosas, proporcionando acesso a uma vasta gama de informações e recursos educativos.

Muitos aplicativos e programas são projetados especificamente para promover o aprendizado e o desenvolvimento infantil, abordando áreas como alfabetização, matemática, ciências e habilidades sociais.

Além disso, as telas podem ser uma forma de entretenimento e comunicação para crianças e adolescentes, permitindo que se conectem com amigos e familiares, explorem diferentes formas de expressão artística e se envolvam em atividades recreativas.

Preocupações do uso excessivo de telas na infância e adolescência 

No entanto, o uso excessivo de telas na infância e adolescência também está associado a uma série de preocupações. Estudos têm demonstrado que passar muito tempo frente a elas pode estar relacionado a problemas de saúde física e mental, como doenças oculares, obesidade, problemas de sono, déficits de atenção e até mesmo sintomas de ansiedade e depressão.

Garotinha com longos cabelos escuros, arrumados em duas chiquinhas, está sentada frente a um tablet enquanto coloca uma das mãos na testa. Um claro sinal de incômodo ou dor de cabeça provocado por excesso de telas.

Além disso, também pode interferir no desenvolvimento cognitivo e social das crianças e jovens. Passar horas diante de telas pode limitar o tempo que passam ao ar livre, interagindo com os outros e explorando o mundo ao seu redor, atividades que são fundamentais para o desenvolvimento saudável.

Telas tecnológicas e saúde ocular 

O uso excessivo de telas na infância e adolescência pode ter sérias implicações para a saúde ocular das crianças e jovens. Passar longos períodos de tempo em frente aos dispositivos eletrônicos pode levar a uma série de problemas oculares, incluindo a chamada “síndrome do olho seco”, fadiga ocular, irritação, visão embaçada e dores de cabeça. 

Além disso, o foco prolongado em telas pode aumentar o risco de miopia em crianças, especialmente se não houver pausas adequadas e momentos de descanso para os olhos. É essencial, nesse sentido, que os pais e cuidadores monitorem o tempo que passam em frente às telas e incentivem pausas regulares, exercícios oculares e atividades ao ar livre para promover uma saúde ocular adequada durante a infância e adolescência.

Grupo de crianças com cerca de sete anos, sentadas sobre um tapete de EVA colorido, fazem um túnel com bambolês multicoloridos para brincar.

É preciso  estabelecer limites claros em relação ao uso de telas. Isso pode incluir definir horários específicos para o uso de dispositivos eletrônicos, limitar o tempo total de tela diário e priorizar atividades offline, como brincar ao ar livre, fazer passeios, ler livros e passar tempo de qualidade com a família.

Da mesma forma, é importante que educadores e profissionais de saúde também desempenhem um papel na promoção do uso saudável de telas na infância e adolescência. Isso pode envolver a integração de diretrizes sobre o uso de tecnologia nas políticas escolares, fornecendo recursos e informações aos pais sobre os efeitos do uso de telas e incorporando habilidades digitais e mídia no currículo escolar.

Menina pré-adolescente com a mão esquerda em forma de "Pare" apontada para a mãe,  claramente a desaponta quanto ao limite do uso do smartphone. A mãe encontra-se sentada num sofá mais ao fundo com os braços cruzados indicando contrariedade.

Em suma, o uso de telas na infância pode ser tanto benéfico quanto problemático, dependendo da quantidade e qualidade do envolvimento. Ao estabelecer limites adequados e promover o uso responsável da tecnologia, pais, educadores e profissionais de saúde podem ajudar a garantir que as crianças aproveitem ao máximo os benefícios das telas, ao mesmo tempo em que protegem sua saúde, seu bem-estar e desenvolvimento.

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Olá para você que é novo por aqui! Eu sou a Dra. Paula Gabriela e me formei na ULBRA. Minha especialidade é a saúde ocular pediátrica e adulta. Aqui na minha página, passamos informações úteis e de qualidade, como cuidados, dicas e explicações mais aprofundadas sobre patologias. Meu objetivo é deixar você mais informado(a) e atento(a) para os cuidados com a sua visão e a do seu filho (a).

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